observada para a espécie (3,1), bem como um padrão de redução deste número conforme aumenta a
altitude”, destacou o agrônomo.
Por fim, foram verificadas as tendências demográficas da juçara por meio de modelos matriciais. A maioria
das populações tende à estabilidade nos próximos 100 anos, mas aquelas que morreram mais adultas
podem reduzir até 3% ao ano. “As análises demostraram a importância da sobrevivência de adultos para a
viabilidade populacional em longo prazo. Simulações estocásticas do aumento da taxa de colheita de
frutos (até 100%) demonstraram não afetar significativamente a taxa de crescimento populacional. Dessa
forma, a colheita de frutos juçara alinha-se com a principal estratégia de manejo recomendada para a
saúde das populações da espécie: o estímulo à sobrevivência das palmeiras adultas”, reforça.
Antes de finalizar, Souza comentou que há menos de um ano foi editada uma resolução estadual para
regulamentar o manejo de espécies nativas da Mata Atlântica (Res. SMA 14/2014). A juçara foi a primeira
espécie contemplada com regras específicas em anexo a esta resolução, desta vez regulamentando o uso
de frutos, sementes e mudas, além do palmito. “As experiências da Serra do Mar foram determinantes
para tal. Assim, esta pesquisa sobre os sistemas de manejo de juçara na Serra do Mar se conclui em
momento oportuno para ampliar a discussão com a sociedade sobre manejo sustentável na Mata
Atlântica”, concluiu o pesquisador. | Alicia Nascimento Aguiar.