Mudar e lutar pelo brio da profissão de médico e da Faculdade de Medicina é a proposta dos veteranos e
calouros. Diferentemente dos anos anteriores, os novos estudantes comemoraram com uma programação
de palestras e uma recepção voltada para a integração e confraternização. “Foi importante trocar o trote
por uma programação solidária e cultural”, observa a caloura Sara Silvério Almeida, de 23 anos. “É claro
que todos, depois de estudar tanto, batalhar tanto, gostariam de comemorar. Mas acho que essa mudança
é necessária. É difícil desconstruir o conceito do trote, da festividade. Porém, só desconstruindo para
poder começar de novo.”
Sara que cursou a Escola Estadual Amaral Wagner, em Santo André, e ficou quatro anos estudando para
conseguir passar no vestibular para a Faculdade de Medicina da USP, fica feliz por ter entrado em um
momento de esperança. “Eu vou comemorar com a minha família, sem pintar a cara. Mas com muita
alegria, porque todos tiveram paciência e me ajudaram muito. Diante do apoio dos meus pais e irmãos,
meu compromisso é ser uma excelente médica que vai poder dar assistência aos menos favorecidos e
colaborar na melhoria da saúde.”
A família de Haik Nichan Mekhitarian, de 19 anos, tem a medicina como tradição. “Meu avô, tios, pai, mãe,
todos são da área. Eu cresci ouvindo relatos de casos. E, quando via o empenho de todos em ajudar a
salvar um doente, ficava pensando que também queria participar disso.” O caminho do calouro já estava
traçado. “Quando optei pela medicina, minha família ainda tentou me aconselhar em escolher outra
profissão. Meu pai me disse que eu, mais do que ninguém, sabia sobre a dedicação de um médico. E eu
respondi: ‘É por isso mesmo. Quero ser como você.’”
ova etapa –
O reitor da USP, Marco Antonio Zago,
acompanha satisfeito a movimentação dos calouros. “O estudante tem pela frente um espectro de
oportunidades de conhecimento e descobertas. Isso exige, em contrapartida, o comprometimento com os
estudos e com sua formação acadêmica, desenvolver a capacidade de comunicação e trabalho em equipe
e esforço para substituir a rotina pela criatividade e a inovação”, orienta, em sua mensagem aos novos
estudantes.
Zago observa, no entanto, que a vida universitária plena transcende a sala de aula e os laboratórios.
“Estende-se desde a participação em projetos de pesquisa desenvolvidos pelos seus docentes, ainda no
início da graduação, com bolsas institucionais, auxílios de permanência e formação estudantil, bolsas de
agências de fomento, até ações extracurriculares, nelas incluindo cursos de extensão, atividades culturais
e esportivas.”
O pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes, também incentiva os estudantes observando que o
momento é especial para todos os uspianos. E incentiva os calouros a viverem com intensidade a nova
fase de descobertas e transformações. “Em suas faculdades, escolas ou institutos, vocês terão a
oportunidade de se desenvolver intelectualmente, adquirir habilidades e competências nas mais diferentes
áreas do saber. Serão instigados a compreender, avaliar e gerar conhecimentos. Serão motivados ao