Qual a maior dificuldade em se administrar uma orquestra?
Falta de recursos.
Já são 115 anos de OSP. Quais os ideias que iniciaram a orquestra e quais são os que a mantêm
hoje?
Mudamos nosso estatuto, mas no primeiro temos uma frase do maestro que fundou a OSP, Lázaro
Rodrigues Lozano. Ele escreveu: A educação musical artística popular propriamente dita, em geral, ainda
está quase por se fazer; e ela tem de nascer, antes que dos conservatórios de música e congêneres
(estabelecimentos estes que têm muito contribuído e contribuirão para o desenvolvimento da cultura
técnica superior), das escolas normais e similares, nas quais terá sua mais pujante origem, seu mais
brilhante berço.... Esses propósitos se mantêm até hoje, por isso a orquestra fala dos concertos didáticos.
Quais mudanças desta fase você acredita que será especial?
As grandes mudanças para a
temporada que se inicia se resumem a duas, maior frequência dos concertos e realização de concertos
didáticos, que visam a formação de público.
Como está a programação para este ano da OSP?
Vai começar dia 11 de abril (no Teatro do Engenho).
Temos uma programação para o ano todo. O público saberá do próximo ao final do primeiro.
Jamil Maluf sempre ressalta que objetivo é que a OSP consiga manter uma programação contínua
e que ela seja mantida tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada. O que acha desta
visão?
A OSP é sui generis desde o seu início, com muita dificuldade ela se manteve sem ou com muito
pouco recurso oficial. Pretendemos continuar tendo a colaboração, desde que este recurso cresça e os
aportes financeiros captados pela Lei Rouanet sejam efetivos, isto é, que contemos com o apoio das
empresas da cidade. Desta maneira, a orquestra poderá sobreviver, o que tem sido conseguido a duras
penas, ao longo de mudanças administrativas e políticas do município. É importante entender que sem
apoio oficial da cidade fica mais difícil o apoio de empresas.
