tanto para pessegueiro como para a
nectarineira e ameixeira.
Os caroços desseporta-enxerto são
obtidosdefrutosmaduroseporlavagens
sucessivas em água corrente, elimina-
se o excesso da polpa. Esses caroços
são quebrados como auxílio de um tor-
nomecânico oumorsa, e deles são reti-
rados as amêndoas ou sementes. Esse
processo é chamado comumente de
escarificação (Figura 17 a, b)
As sementes são colocadas em cai-
xas plásticas, contendo serragem fina
ou areia úmida e então acondiciona-
das emgeladeira por um período de 30
a 40 dias, para que ocorra a quebra de
dormência. Esse processo é chamado
de estratificação (Figura 17 c, d).
Após esseperíodo é feita a semea-
dura embandejas de isopor ou tubetes
(Figura17e), contendo substratoabase
de casca de pinus. Quando as plântulas
atingirem aproximadamente 15 cm de
altura devem ser transferidas para sa-
colasplásticasondecompletarãoseude-
senvolvimento até atingirem o ponto de
enxertia, como diâmetro de um lápis (6-
8mm) e altura de aproximadamente 40-
60 centímetros.
A enxertia da cultivar copa do pes-
segueiro, por meio da técnica de
enxertia por borbulhia, pode ser reali-
zada em duas épocas: no fim da pri-
mavera entre os meses de novembro
e dezembro, também chamada
“enxertia de gema ativa”, ou no fim de
verão ou começo de outono, chamada
“enxertia de gema dormente”.
Primeiramente faz-se um corte no
porta-enxertode ‘Okinawa’, numa região
limpa, que não contenha gema, retiran-
do-se a casca a aproximadamente 20
centímetros de altura. Emseguida, reti-
re um ramo contendo borbulhas da va-
riedade copa que se deseja enxertar.
Desse ramo, apenas uma borbulha ou
gema deve ser retirada na forma de pla-
ca e encaixada na abertura feita no por-
ta-enxerto, que deve ser do mesmo ta-
manho do enxerto (Figura 17 f, g, h).
Amarra-se a placa comumfitilho plás-
ticooufitabiodegradável, tomandoocui-
dadoparanão cobrir agema, queémui-
to sensível e pode quebrar (Figura 17 i, j).
Depois de aproximadamente 20 a 30
dias retira-se o fitilho plástico dos en-
xertos e inicia-se a condução da bro-
tação do enxerto (Figura 17 k) que no
início poderá ser feita no próprio ramo
do porta-enxerto, que ainda não foi
cortado rente ao local da enxertia utili-
zando alceador ou barbante. Poste-
riormente tutora-se essa brotação
amarrando-a em uma estaca de ferro
ou bambu, para que a muda possa se
desenvolver na posição vertical. Para-
lelamente ao desenvolvimento da
muda, ocorrem brotações no porta-
enxerto que devem ser retiradas.
O tempo para produção de uma
muda de pessegueiro, utilizando a téc-
nica da enxertia por borbulhia em pla-
Propagação de árvores frutíferas
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