A construção da casa do diretor da Escola Agrícola, que hoje comporta o Museu Luiz de Queiroz, foi idealizada pelo professor José de Mello Moraes e amparada pela Secretaria da Agricultura do Estado, como parte da reforma geral da ESALQ, entre os anos de 1943-45. Nesse período, o Brasil viveu sob regime populista de Getúlio Vargas, que possuía a proposta de modernizar a educação e incentivar a pesquisa.
Embora o projeto da construção fosse de valor elevado, o discurso do professor Mello Moraes legitimava a grandeza da obra tomando como referencial os prédios das universidades norte americanas. Essa inspiração pode ser notada nos aspectos arquitetônicos da fachada frontal do edifício, que nos remetem a arquitetura colonial das fazendas no sul dos Estados Unidos.
O professor Mello Morais dizia que os críticos se esqueciam que esta obra de arte de fino acabamento não era uma residência particular, mas uma realização do estado que tinha o objetivo de servir a família do diretor e recepcionar todos os visitantes ilustres da “Luiz de Queiroz”, que não podiam encontrar acomodações condignas nos hotéis de Piracicaba.
O prédio deixa de ser utilizado como casa do diretor na gestão do professor João Lucio de Azevedo, que em 1990 abdica do direito de usar o espaço para o museu, que desde sua fundação em 1984, procurava espaço para a manutenção de seu acervo.