Inauguração do Meliponário da ESALQ

Versão para impressãoEnviar por email
O Meliponário está localizado nas dependências do Laboratório de Insetos Úteis do Departamento de Entomologia e Acarologia (crédito: Gerhard Waller)

O Departamento de Entomologia e Acarologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) inaugurou nesta terça-feira, 24 de novembro, o Meliponário da ESALQ, um espaço com cerca de 35 colônias de abelhas sem ferrão e seis espécies do inseto, todas características do Estado de São Paulo.

“Queremos ampliar o contato com os estudantes do ensino médio, graduação e pós-graduação e possibilitar uma aproximação com sociedade, a fim de estimular a curiosidade pela ciência e pela vida dos insetos”, ressaltou a pos doc Denise Alves, que coordena o espaço junto com os professores Correa e Luis Carlos Marchini.

Apoio – Sabendo que a Syngenta conduz projetos de meliponario educacionais com outros parceiros, Denise contou que o Departamento submeteu à empresa o projeto “Abelhas sem ferrão ligam agricultura e o meio ambiente: O meliponário da ESALQ como espaço educacional para crianças e adultos”. “Assim recebemos total apoio da Syngenta, que interessada em contribuir com projetos educacionais e sociais voltados ao agronegócio, doou abelhas e colaborou diretamente para a estruturação do espaço”.

“Para a Syngenta, é muito gratificante se unir à ESALQ em uma iniciativa tão importante como esta, por meio da qual disseminamos conhecimento sobre duas temáticas fundamentais: a importância da polinização e da preservação da biodiversidade”, afirmou Rose Rodrigues, Diretora de Assuntos Regulatórios e Stewardship da Syngenta. Por meio do The Good Growth Plan, Plano de Agricultura Sustentável, a empresa tem como compromisso contribuir com a biodiversidade de 5 milhões de hectares de terras ao redor do mundo.

Abelhas sem ferrão – Por serem menos agressivas ao homem e animais, as abelhas sem ferrão podem ser manuseadas sem risco nenhum e são importantes para o ecossistema como qualquer outro inseto. “Atualmente, 88% das plantas com flores são dependentes de animais para a transferência de grãos de pólen em quantidade suficiente para a fertilização dos óvulos e a consequente formação de frutos e sementes, e das 115 culturas agrícolas que lideram a produção global, 70% se beneficiam da ação desses polinizadores, o que representa 35% do suprimento alimentar humano”, comentou Denise.

De acordo com o chefe do Departamento de Entomologia e Acarologia, João Roberto Spotti Lopes, a estrutura permite estudar os insetos em diversas áreas, como biologia, ecologia e comportamento. “Além disso, podemos usar as abelhas nas próprias disciplinas dos cursos de graduação aqui da ESALQ”, destacou o professor. A pós-doutoranda Denise Alves explicou que a iniciativa para a criação do Meliponário surgiu em um momento apropriado. “O projeto veio ao encontro das demandas que nós temos aqui no departamento”, afirmou. A doutoranda ainda ressaltou que esses insetos proporcionam uma alta produtividade na cultura agrícola. “Não há nada mais atual do que discutir a importância das abelhas dentro do contexto de uma agricultura sustentável”, disse ela.

O Meliponário está localizado nas dependências do Laboratório de Insetos Úteis do Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ e está aberto para receber visitas monitoradas, com agendamento antecipado. Futuramente, o departamento também oferecerá a população cursos e treinamentos.

Texto: Felipe Caires e Ana Carolina Brunelli

Revisão: Alicia Nascimento Aguiar (24/11/2015)

Espaço conta com cerca de 35 colônias de abelhas sem ferrão e seis espécies do inseto, todas características do Estado de São Paulo (crédito: Gerhard Waller)
Palavra chave: 
meliponário mel abelhas lea marchini denise alves alberto correa syngenta