Portal reúne pesquisadores de diversos países para manejo da lagarta militar

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A lagarta militar causa grandes prejuízos em culturas como milho, algodão e soja (crédito: arquivo pessoal)
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Pesquisadores, extensionistas e técnicos agrícolas de diferentes países e áreas de atuação se unem em um portal de troca de informações para impulsionar pesquisas sobre o manejo da lagarta-do-cartucho-do-milho, também conhecida como lagarta militar. A praga, cujo nome científico é Spodoptera frugiperda, causa grandes prejuízos devido seu potencial de reprodução.

A lagarta militar se alimenta de plantas cultivadas e não cultivadas, incluindo culturas como milho, algodão e soja. Além disso, medidas de controle mais comuns como agroquímicos e uso de plantas transgênicas vêm se tornando pouco eficientes devido aos casos de resistência.

O professor José Roberto Postali Parra e o pesquisador do Laboratório de Biologia de Insetos Aloisio Coelho Jr., ambos do departamento de Entomologia e Acarologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) estão engajados nesta iniciativa desde sua fase de planejamento.

Além de servir como uma ferramenta para troca rápida de informações, o portal pretende evitar que o mesmo tipo de pesquisa seja realizada. “Como a praga invadiu a pouco tempo a África, Ásia e Oceania, pouco se sabe sobre sua atuação nestes locais, assim pretende-se informar de forma mais rápida os entomologistas e técnicos destes continentes, usando como exemplo trabalhos já realizados principalmente aqui no continente Americano”, disse o pesquisador Aloisio Coelho Jr.

Segundo o pesquisador, existe uma grande expectativa na utilização do controle biológico para conter este problema, principalmente com o uso de parasitoides, como Trichogramma spp. e Telenomus remus, e micro-organismos, como Baculovírus.

Para fazer parte do portal, escrevendo notas, descrevendo experiências, entre outros, basta se registar em faw.researchcollaborationportal.org.

Portal

O Portal é uma iniciativa liderada pelo “Centre for Agriculture and Bioscience International”- CABI. Além do professor Parra e do pesquisador Aloisio. (Esalq/USP), fazem parte do “comitê diretor” pesquisadores e professores do Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO/ONU) da Itália; United States Department of Agriculture (USDA-ARS) dos EUA; International Maize and Wheat Improvement Center (CIMMYT) da Índia; Chinese Academy of Agricultural Sciences (CAAS) da China; Kenya Agricultural and Livestock Research Organisation (KALRO) do Quênia; Grains Research and Development Corporation (GRDC) da Austrália, entre outras.

Texto: Letícia Santin | Estagiária de jornalismo

Revisão: Caio Albuquerque

07/07/2020