Clipping semanal - - page 65

O coletivo já planeja outra festa para março deste ano. E promete realizar muitos debates sobre o assunto
e acolhidas amistosas para que os alunos tenham a quem recorrer. O aluno precisa saber que ele não vai
ficar sem amigo ou sem emprego se disser não ao trote, que é o que os trotistas pregam, ressaltou Horák.
Mas a gente sabe que o caminho a ser percorrido ainda é grande, finalizou.
Estudantes fizeram a primeira festa LGBT da Esalq/USP
Início das aulas
O início das aulas na Esalq será no dia 23 deste mês. A instituição informou que durante a primeira
semana contará também a presença de promotores de Justiça no campus. A ação é fruto de um termo de
conduta assinado nesta semana com o Ministério Público (MP-SP) para coibir e investigar os trotes. As
atividades contarão também com entrega de donativos, mesa redonda sobre diversidade e intolerância,
clínicas esportivas, oficinas sobre meio ambiente e apresentações sobre permanência, moradia e
assistência médica, entre outros.
Veteranos recepcionam calouros no campus da USP em Piracicaba
CPI dos Trotes
Desde dezembro, estudantes estão sendo chamados para depor em uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo, que apura a violação dos direitos humanos em
trotes de universidades brasileiras.
De acordo com os depoimentos, agressões, chibatadas, cuspe na cara, envenenamento e até ações de
tortura fazem parte do ritual de entrada para os 'bichos', forma como os novatos são chamados. Durante
os depoimentos à CPI, o estudante Felipe José Yarid afirmou que foi envenenado com um líquido agrícola
que, jogado em seu corpo, tirou os movimentos e degradou a pele. Ele não conseguiu ir à faculdade por
conta do efeito do veneno e trancou a matrícula durante um ano.
Estudantes relataram em CPI abusos e torturas nos trotes da Esalq
O exame toxicológico apontou veneno no meu corpo. Eu não tinha movimento nenhum, não conseguia me
mexer. Fui prejudicado, não conseguia fazer provas, não conseguia ir às aulas. Além disso, eu ainda fui
suspenso por uma semana depois que tentei denunciar o caso para a diretoria da universidade", afirmou
Yarid durante o depoimento.
Ritual de entrada
O ritual de entrada para os alunos no campus da USP em Piracicaba (SP) também conta com abusos,
agressões que resultaram em fraturas e comida estragada. Em um depoimento prestado em sigilo aos
deputados, uma aluna afirmou que quase foi abusada sexualmente em um dos trotes e que já ouviu
muitos casos semelhantes ao dela na universidade.
"Eu escapei por pouco, mas sei que eles dopam as pessoas e abusam sexualmente delas em repúblicas.
Eu também já vi muita gente ser agredida e quebrar braços e pernas", disse.
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