USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Seu Planeta
Data: 19/02/2015
Caderno/Link:
Assunto: Diretoria da ESALQ pode expulsar veterano envolvido em trote violento
Diretoria da Esalq pode expulsar veterano envolvido em trote
violento
O aluno veterano envolvido em trote universitário violento poderá ser expulso da Esalq (Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz).
A afirmação foi feita nesta segunda-feira (9/02) pelo diretor da instituição Luiz Gustavo Nussio (foto).
Para combater a prática, que é objeto de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, a instituição propôs ao Ministério Público um TAC (Termo de
Ajustamento de Conduta) e admitiu as repúblicas como extensão do campus.
Dessa forma, trotes que ocorrerem fora da universidade poderão resultar em sanções aos autores, que
também poderão responder ao MP.
Acho que o passo que demos à frente é no sentido de buscar um acolhimento das denúncias,
especialmente daquelas que acontecem fora daqui. A Esalq tem muitos valores e tradições que nos
orgulhamos e o trote não é um deles. A excelência da instituição não passa pelo trote. O princípio básico
de direito humano é o que vai ser considerado. O seu limite de tolerância é o que vai imperar: você não
quer (o trote), você não vai receber.
De acordo com Nussio, a partir deste ano, o MP vai atuar também no recebimento de denúncias de trotes
violentos.
A Esalq coloca no papel o que está fazendo para tentar coibir. Em contrapartida, o Ministério Público
auxilia no acolhimento das denúncias e vamos tornando o TAC dinâmico, explicou.
No dia 23, promotores de Justiça vão participar da abertura da semana de recepção aos calouros e
explicar os mecanismos para que as denúncias possam ser feitas.
A partir do momento em que a denúncia for formalizada, a Esalq será comunicada e se dará início a um
procedimento interno para apuração das responsabilidades.
Uma sindicância vai apurar e será definida pena para o aluno apontado como autor do trote.
Ele pode receber desde uma advertência verbal até, em um caso mais grave, a expulsão, afirmou.
Segundo Nussio, casos que acontecerem fora do campus universitário terão repercussão interna, o que
significa que as repúblicas são extensão da universidade, como prevê o artigo 2º da portaria 3154/99, que
proíbe os trotes na USP.
Não será tolerado qualquer tipo de manifestação estudantil que cause, a quem quer que seja, agressão
física, moral ou outras formas de constrangimento, dentro ou fora do âmbito da Universidade, disse.
Nesta segunda-feira, o presidente da CPI, deputado Adriano Diogo (PT), esteve em Piracicaba e se
encontrou com o professor da Esalq Antonio de Almeida Júnior.