Resultados (estrutura do componente arbóreo, dinâmica da diversidade de espécies e índices de
valoração e risco de queda); Conclusões e Considerações Finais; e Referências Bibliográficas.
Por meio de gráficos, ilustrações e imagens de satélites, os responsáveis pelo cadastro explicam e
exemplificam fatores que dizem respeito ao histórico, às estruturas, ao ambiente e à conservação das
árvores. Um dos pontos destacados por eles, por exemplo, refere-se aos três fatores que são
preponderantes para a avaliação de risco em árvores: a probabilidade de a árvore falhar, o ambiente que
contribui para sua fratura ou queda e o que vai ser danificado ou ferido. O potencial para o fracasso é a
probabilidade de uma árvore, ou qualquer parte dela, quebrar e cair em um determinado período. “Ao
avaliar o potencial de falha, o silvicultor urbano deve considerar uma série de fatores, incluindo as
espécies, hábito de crescimento, defeitos estruturais, a qualidade das articulações dos ramos, a condição
do sistema radicular, a inclinação, o histórico da árvore e o local”, descreve Polizel.
Algumas das centenas de espécies de árvores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq):
pesquisa realizada no campus da USP em Piracicaba fortalece a pesquisa científica na área de silvicultura
urbana
Silva Filho e Polizel afirmam que as árvores e suas partes podem falhar quando a carga experiente
excede a sua resistência estrutural e que o ambiente também desempenha um papel no potencial de falha
do eixo. “A maioria das árvores falha durante tempestades. A exposição ao vento, raios e chuva deve ser
levada em conta na avaliação das árvores. Mudanças ambientais abruptas como a exposição ao vento,
condições do solo, nivelação e outros fatores também devem ser considerados. Enfim, o silvicultor urbano
deve analisar o histórico do sítio e como isso influencia na estabilidade da árvore”, completa Silva Filho.
Conclusões –
Em conclusões finais, o trabalho considera que os índices de risco de queda desenvolvidos
nele poderão ser de grande valia para melhorar a segurança da Esalq, assim como a pesquisa científica
na área de silvicultura urbana; as árvores de maior risco devem ser monitoradas por meio de tomografia
com frequência regular; devido aos problemas de escavações junto às raízes, deve-se utilizar de todos os
meios para avaliar os impactos dessas escavações na segurança das árvores; as árvores na Esalq devem
ser manejadas com o sistema, criado para conter todas as informações sobre cada indivíduo arbóreo,
seus riscos e valores; o sistema deve ter constante atualização para fornecer informações sobre a
dinâmica da comunidade arbórea tanto para operações de conservação como para a pesquisa na área de
silvicultura urbana; e outras. Para valorizar o trabalho e também a visualização das árvores da Esalq, um
livro deverá ser elaborado a partir do projeto.
O parque possui uma área de aproximadamente 15 hectares, projetado pelo paisagista belga Arsène
Puttemans, ainda no final do século 19. Por sua beleza, raridade e aspectos histórico-culturais, acabou
sendo tombado, em 2006, visando à preservação de suas características. A área é frequentada, nos finais
de semana e férias, pela população piracicabana e da região, além dos estudantes e trabalhadores
diários.