Sistema TEMPOCAMPO divulga boletim de outubro

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O mês de outubro apresentou um aumento no volume de chuvas em praticamente todo o território nacional (Figura 1), contribuindo para a elevação do volume de água nos solos do país (Figura 2), com evidente favorecimento a atividade agropecuária. A primavera também trouxe o calor, e a temperaturas máximas oscilaram na casa dos 30°C em Mato Grosso e Goiás (Figura 3), enquanto que as mínimas mantiveram entre 16 e 18°C em São Paulo e no Paraná (Figura 4).

O tempo e a agricultura brasileira

O bom volume de chuva e alta umidade do solo favoreceram a semeadura do milho primeira safra (verão) que atingiu mais de 90% na região sul, e mais da metade da área projetada para este ano na região centro-sul. O calor e a disponibilidade de água favorecem a germinação das sementes, o que aponta para uma perspectiva de uma boa safra.

A chuva contínua, por sua vez, dificultou a semeadura da soja no Paraná, bem como para a colheita das lavouras de trigo mais atrasadas. No Rio Grande de Sul, observou-se atraso na semeadura do arroz por causa da chuva que impedem a utilização de maquinário. Essa situação pode vir a comprometer a produtividade das lavouras da região por conta do atraso na semeadura.

A semeadura da soja no Mato Grosso apresenta melhor ritmo já registrado na história do país, que podem indicar maiores colheitas em janeiro e possibilidade de semeadura do milho safrinha em períodos mais adequados no próximo ano. Porém, a distribuição espacial das chuvas no estado é bastante irregular e há grande diferenças em termos agrometeorológicos para o desenvolvimento inicial das lavouras de soja. Nas regiões do MT, onde os níveis de umidade do solo estão satisfatórios, a semeadura da soja e o desenvolvimento das lavouras estão sendo beneficiados.

A regularização do regime de chuvas promove uma boa condição para o desenvolvimento das lavouras de café do Espírito Santo e Paraná e laranja em São Paulo.

Cana-de-açúcar

Na região sul, os bons volumes de chuva elevaram a umidade do solo, o que favoreceu tanto a retomada dos canaviais e a quebra do longo ciclo de estresse ao qual os canaviais estavam submetidos desde abril deste ano. A chuva contínua atrasou os trabalhos de colheita e transporte da cana nas regiões sudeste e centro-oeste, mas isso não deve comprometer o andamento da safra uma vez que a seca dos meses anteriores permitiu um forte avanço da colheita com excelentes condições operacionais até meados o início de setembro.

Na Figura 5 observa-se a projeção do Coeficiente de Produtividade Climática (CPC) gerada pelo TEMPOCAMPO da ESALQ para a safra 2019/2020 para o Estado de Goiás. Nela, observa-se duas condições distintas entre norte e sul do Estado, com perdas de até 3% em relação à safra anterior na maior parte do sul do Estado, e pontos isolados mais críticos em Rio Verde e Perolândia.

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