AGROdestaque entrevista Alexandre Chueri Neto, engenheiro agrônomo e florestal (F-1981/1982)

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Engenheiro agrônomo e florestal fala sobre lentidão no processo de obtenção de licenças ambientais. (Crédito: Divulgação)
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Atuação profissional

Formei-me em engenharia agronômica em 1981 e em engenharia florestal em 1982, pela ESALQ. Realizei mestrado em administração na FGV-SP e tive a oportunidade de cursar os dois últimos semestres do curso em Stockholm School of Economics, na Suécia. Durante 30 anos, atuei em grandes organizações como Odebrecht, Vicunha e lochpe, onde ocupei posições de implantação de projetos agrícolas e agroindustriais.

Em que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições pertinentes ao cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?

Hoje, atuo como diretor executivo florestal na Suzano Papel e Celulose SA e sou responsável pelas atividades florestais, assegurando a disponibilização e o suprimento de madeira para as unidades industriais de forma sustentável a curto, médio e longo prazos. Minha meta é buscar a competitividade estrutural com foco em produtividade, qualidade, custos e aplicação das melhores tecnologias, sempre equilibrando aspectos socioambientais e a manutenção das certificações por intermédio de um sistema de gestão integrado, regido pelo planejamento estratégico da empresa.

Quais os principais desafios desse setor?

Apesar de o Brasil ser um país privilegiado pela abundância de terras e oferecer um clima que propicia o rápido crescimento das árvores, diferente de outros países onde estão instaladas empresas internacionais de papel e celulose, existe hoje, um grande desafio enfrentado por todas as empresas. Todos os aspectos favoráveis do Brasil acabam sendo prejudicados pela lentidão na obtenção junto aos órgãos ambientais das licenças de operação. Atualmente, este é o grande desafio, pois o trâmite dos processos nos órgãos ambientais acaba atrasando planos e investimentos e, muitas vezes, inviabilizando projetos.

Além disso, os profissionais disponíveis no mercado não estão atualizados com as novas tecnologias disponíveis, o que tem exigido que as empresas invistam muito mais na formação e treinamento dos seus profissionais.

Que tipo de profissional esse mercado espera?

Esperamos profissionais que possam se diferenciar, que vão além da função pela qual foram contratados, que tenham alto potencial e fácil mobilidade. Como estamos em mais de 160 municípios, em vários estados brasileiros, é imprescindível que possamos contar com os melhores profissionais onde é necessário, independente do seu local de origem.

É importante também que esses profissionais se atualizem e conheçam as novas tecnologias disponíveis.

Entrevista concedida a Ana Carolina Brunelli
Estagiária de Jornalismo
30/01/2015

Palavra chave: 
Suzano Papel e Celulose SA, mestrado em administração, Stockholm School of Economics