A diretoria da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) recebeu, nesta quinta-feira, 21/01, a visita do Secretário Nacional de Irrigação, José Rodrigues Pinheiro Dória. O secretário é administrador com ênfase em Gestão de Recursos Humanos e pós-graduado em Administração Pública e Gerência de Cidades. Ocupou o cargo de Secretário do Estado Adjunto de Transporte e Obras Públicas do Governo de Minas Gerais, onde também atuou na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Foi também vice-presidente da Fundação Rural Mineira (Ruralminas) e tem como destaque na carreira sua atuação na implementação de projetos de inovação, gestão de planejamento e desenvolvimento gerencial, principalmente no período em que trabalhou na CBTU.
Durante recepção na diretoria da ESALQ, o secretário concedeu breve entrevista e falou a respeito do atual cenário econômico no campo da irrigação.
As recentes mudanças climáticas e seus impactos no regime de chuvas se apresentam como grande desafio, de forma especial para o produtor rural. A despeito das possibilidades de que se trate de um fato sazonal isolado, e por isso mesmo temporário, de que forma o produtor precisa se preparar para a possibilidade de que novos períodos de calor e estiagem se repitam, e qual a contribuição que a irrigação pode dar nessa questão?
Sim, sem dúvida alguma todos nós já temos a consciência (o que era o mais difícil e que inclusive todos nós brigávamos para isso). A população, ao sentir na pele, teve uma consciência diferente e isso é o número um para que se economize água no momento. Mas a agricultura irrigada vem muito ao encontro desse momento, porque nós estamos preparando e procurando os Estados exatamente para isso, para que a forma de irrigação seja a mais econômica e eficaz possível. E temos condição de fazer isso, principalmente com níveis de formandos e profissionais, como saem dessa entidade, que vão estar no mercado. Nós precisamos informá-los e dar condições. Esses alunos são o material humano que vamos ter por gerações futuras e que saberá o que fazer e a Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), a partir do Ministério da Integração, dará todas as condições de informações para que isso seja feito.
E dentro dessa perspectiva, que política tem sido desenvolvida no âmbito da secretaria para ajudar a combater o desperdício no campo e pra fomentar o aumento da conscientização junto ao produtor rural?
R: O Ministério da Irrigação, por meio da Senir, vem desenvolvendo e estendendo um novo Plano Nacional de Irrigação. O ministro federal e a presidente ficaram satisfeitos em São Paulo e se manifestaram a favor, porque é um Estado referência para toda a nação. A partir desse Plano Nacional de Irrigação, conjuntamente ao Plano Estadual de Irrigação, serão adotadas novas técnicas e novos modelos de irrigação, e, acima de tudo, aptidões dos Estados, porque ao plantar o correto em sua região, você também economiza água.
E de que forma instituições como a ESALQ podem contribuir para o sucesso de iniciativas como essa?
R: Sem dúvida nenhuma a ESALQ é uma instituição de ensino como tantas outras no país que formam alunos com excelência, então nada melhor que você ir a um centro de formação para que os professores e mestres já comecem a intuir nos futuros agrônomos essa visão. Então, creio que a instituição de ensino seja fundamental.
Entrevista: Fabiano Pereira | Edição: Felipe Caires (estagiário de jornalismo)
(21/01/2016)