composição de espécies arbóreas, o SAF-cacau está aquém das florestas. Ainda assim, mantém tal
potencial, podendo ser melhorado através de práticas de manejo para seu enriquecimento e do
planejamento das futuras lavouras.
De acordo com o pesquisador, o estudo ajuda a estimular o uso de sistemas agroflorestais para ampliar a
área de produção de cacau sem promover o desmatamento, mas por meio da recuperação de áreas
degradadas, valorizando o manejo aplicado pela agricultura familiar. No entanto, ele destaca que as
lavouras de cacau são áreas produtivas e não devem ser consideradas substitutas de áreas com floresta
nativa. “Em nenhuma hipótese deve se estimular a derrubada de florestas para a implantação de novas
áreas de SAF-cacau, principalmente considerando que, atualmente, todo desmatamento em São Félix do
Xingu é ilegal e que existem inúmeras áreas abertas passíveis de recuperação”, afirma.
O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e teve
apoio do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). A orientação foi do professor do
Departamento de Ciências Biológicas, Flávio Bertin Gandara Mendes.
Foto: Daniel Palma Perez Braga