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USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Agência USP de Notícias
Data: 27/04/2015
Caderno/Link:
Assunto: Sistema agroflorestal com cacau recupera área degradada
Sistema agroflorestal com cacau recupera área degradada
Alessandra Postali, da Assessoria de Comunicação da Esalq
Inseridos no contexto do desmatamento da Amazônia, principalmente com relação à atividade pecuária no
município de São Félix do Xingu, no Pará, os sistemas agroflorestais com cacau (SAF-cacau) representam
uma forma alternativa de uso do solo pela agricultura familiar, aponta pesquisa da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. Além do retorno econômico, o SAF-cacau
proporciona benefícios sociais e ambientais. A fim de entender o potencial desse sistema para
recuperação de áreas degradadas em São Félix do Xingu, o engenheiro florestal Daniel Palma Perez
Braga realizou seu mestrado focado no tema, no Programa de Pós-graduação (PPG) em Recursos
Florestais.
Sistemas agroflorestais com cacau representam forma alternativa de uso do solo
Para alcançar os objetivos do estudo, ele avaliou aspectos da vegetação (estrutura florestal e diversidade
florística) e do solo (fertilidade e macroinvertebrados) nos SAF-cacau, tendo como referência áreas de
pastagem e de floresta madura. No início, o pesquisador realizou a checagem de campo e revisão
bibliográfica para a definição dos métodos de pesquisa. Em seguida, vivenciou a realidade local durante
cinco meses. “Morei cerca de uma semana com cada produtor que participou do estudo, para coletar os
dados”, conta Braga.
O material botânico foi identificado nos herbários da Esalq (Esa) e do Museu Paraense Emilio Goeldi. “Os
demais materiais coletados foram analisados nos laboratórios da Esalq. Tive a oportunidade de discutir as
informações com diversos pesquisadores, inclusive do Departamento de Ciências Florestais da
Universidade de Yale, nos Estados Unidos, para gerar os resultados e conclusões da pesquisa”, explica.
Rentabilidade
Durante seu estudo, o engenheiro florestal pôde perceber que, de acordo com a percepção dos pequenos
produtores, o SAF-cacau é, no mínimo, 2,5 a 4 vezes mais rentável do que a pecuária, ocupando uma
área até sete vezes menor em suas propriedades. Outro ponto conferido pelas análises de solo é que o
pasto possui menor teor de matéria orgânica na camada subsuperficial (20-40 cm), quando comparado à
floresta.
Quanto à biota, “a densidade de macroinvertebrados do solo se mantém mais estável em florestas e em
SAF-cacau do que no pasto, em que ocorre um desequilíbrio sazonal entre o verão e o inverno”. Segundo
Braga, considerando as variáveis estudadas de estrutura florestal, o SAF-cacau possui um alto potencial
de recuperação de áreas degradadas. Em relação às variáveis estudadas de riqueza, diversidade e
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