AGROdestaque entrevista Cintia Maretto (F-2011)

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Cientista dos alimentos conta sobre sua atuação no setor de cárneos e industrializados (Crédito: Divulgação)
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Atuação Profissional
Formada em Ciências dos Alimentos, durante a graduação, fui bolsista FAPESP no desenvolvimento de projeto de Iniciação Científica no Grupo de Engenharia e Pós-colheita - GEPC do Instituo de Tecnologia de Alimentos - ITAL (2008-2009), em Campinas. Também fui membro do Grupo de Extensão em Segurança dos Alimentos - GESEA da ESALQ/USP (2009). Participei do Programa de graduação sanduíche CAPES BRAFAGRI como bolsista durante o ano de 2010, cursando disciplinas de Engenharia Agroalimentar na Ecole Nationale Vétérinaire, Agroalimentaire et de l'Alimentation, em Nantes, na França. Ainda em 2010, fui estagiária de compras de matérias-primas alimentícias e embalagens na central de produção e distribuição da rede de franquias de padarias "La Mie Câline" na França, onde desenvolvi o trabalho de conclusão de curso sobre o padrão International Food Standard - IFS. Atuei como Agente Local de Inovação no Sebrae-SP, sendo bolsista do CNPq e assessorando cerca de 50 empresas alimentícias dos setores de indústria e serviços da região de Campinas (2012-2013). Atualmente, sou mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos na ESALQ/USP e Analista de Negócios Sênior no Sebrae-SP.

A que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições pertinentes ao cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?
Como Analista de Negócios Sênior no Sebrae-SP, atuo na gestão da execução física e financeira de projetos relativos ao desenvolvimento das cadeias produtivas do setor de agronegócios, sobretudo cafeicultura, fruticultura, olericultura, pecuária leiteira, apicultura e turismo rural, abrangendo 22 municípios da região de Campinas/SP. Realizo orientações técnicas individuais e atendimentos coletivos (capacitações) sobre diversos temas, como: empreendedorismo e legislação, modelo de negócio, plano de negócio, gestão empresarial, acesso ao mercado, planejamento da produção agrícola e legislação relacionada à produção e comercialização de alimentos. Assim, o objetivo é contribuir com a promoção da competitividade e do desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios rurais e fomentar o empreendedorismo, para fortalecer a economia nacional.

Quais os principais desafios desse setor?
De modo geral, os principais desafios do setor de agronegócios consistem na produção de alimentos seguros e saudáveis em escala que atenda às necessidades da população, a partir do emprego de práticas sustentáveis, da redução de desperdícios e da rastreabilidade em toda a cadeia. No que se refere aos micro e pequenos produtores rurais, a comercialização também se tornou um desafio, visto que a maioria deles fornece seus produtos a compradores intermediários, reduzindo assim sua renda. Desse modo, é necessário que esses empresários busquem novos mercados, identifiquem suas oportunidades e ameaças, acompanhem as tendências do setor, para se aproximar de seus consumidores finais e aumentar sua remuneração. 

Que tipo de profissional esse mercado espera?
A cada dia, o mercado se torna mais exigente. Portanto, é necessário que, além de um título acadêmico, o profissional desenvolva suas competências (conhecimentos, habilidades e atitudes), bem como sua visão sistêmica; se adapte facilmente às situações adversas; seja comprometido; tenha foco, iniciativa e fácil relacionamento interpessoal. Acima de tudo, a busca pelo conhecimento deve ser constante.

Entrevista concedida a Ana Carolina Brunelli, estagiária de Jornalismo
01/07/2016

Palavra chave: 
AGROdestaque Cintia Maretto