AGRODESTAQUE entrevista Marcel Moreira Pinto

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Marcel Moreira Pinto é egresso da turma de 2005 do curso de Engenharia Agronômica (divulgação)
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Atuação profissional

Formei-me engenheiro agrônomo em 2005 pela ESALQ. Recém formado, ingressei no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na carreira de Auditor Fiscal Federal Agropecuária, em 2006. Trabalhei, por seis anos, no Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional, na tríplice fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina, em Foz do Iguaçu, na inspeção de produtos agropecuários. Entre 2013 e 2014 afastei-me do MAPA para cursar mestrado em Agronegócios e Política Comercial de produtos agrícolas na Austrália. No final de 2014, trabalhei na Delegação Brasileira junto à Organização Mundial do Comércio em Genebra - Suíça. Retornei ao Brasil, em meados de 2015, para trabalhar na Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do MAPA em Brasília, com negociações sanitárias e fitossanitárias. Desde o final de 2015 sou Coordenador de Inteligência e Estudos Estratégicos na Secretaria Executiva no MAPA. Em 10 de novembro de 2017, fui nomeado adido agrícola para a Arábia Saudita (Riade) para trabalhar na Embaixada do Brasil. 

A que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições do cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?

Dentro de minha área, tenho como objetivo ajudar o agronegócio brasileiro a se inserir cada vez mais nas cadeias globais, não apenas quantitativamente, mas qualitativamente. A exportação de commodities tem papel fundamental na economia do país, mas a ideia é diversificar a pauta exportadora e agregar valor aos produtos exportados. Além disso, buscar o aumento da inserção dos pequenos e médios produtores no comércio internacional.

Quais os principais desafios desse setor?

A mudança para a Arábia Saudita, por si só, já é um grande desafio e uma grande responsabilidade, pois o País e o Oriente Médio, como um todo, são importantes mercados para os produtos agrícolas brasileiros. O grande desafio, enquanto Adido, é ajudar o Brasil e o MAPA na meta de aumentar a participação brasileira no comércio internacional de produtos agropecuários de 6% para 10%.

Que tipo de profissional esse mercado espera?

Um profissional que tenha fundamentação técnica e conhecimentos globais do agronegócio. Isso me possibilitou que eu ingressasse tão jovem à carreira de Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Mapa, com 23 anos. Essa fundamentação que obtive na Esalq foi essencial para que eu crescesse dentro da carreira.

Já o papel do Adido é manter, ampliar e diversificar a pauta exportadora brasileira de produtos agropecuários. Além disso, o Adido tem importante papel na promoção dos produtos do agronegócio brasileiro, na atração de investimentos estrangeiros relacionados ao agro e fomentar a cooperação agrícola entre os países.

Texto: Alicia Nascimento Aguiar (02/02/2018)