AGROdestaque entrevista Valquiria Ximenes, economista (F-2011)

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A economista lembra que é desejável que os profissionais da área tenham algum conhecimento sobre linguagem de programação e inglês avançado (Crédito: Divulgação)
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Atuação profissional

Sou formada em Economia pela ESALQ (2011) e trabalho na área de modelagem de crédito do Itaú Unibanco, desde agosto de 2011.

A que área ou setor se dedica atualmente? Descreva as atribuições do cargo que ocupa. Qual a importância delas para o mercado?

Atualmente, sou analista de modelagem de crédito sênior e estou na área que desenvolve modelos de crédito para empresas do segmento Middle Market. Desenvolvemos modelos de crédito (score, PD, LGD e EAD) e também acompanhamos esses modelos para ver seu desempenho nas carteiras do Banco, se eles estão performando como esperado ou se precisamos desenvolver um novo modelo.

Os modelos de score e PD preveem a probabilidade do cliente pagar ou não o banco, ou seja, qual o nível de inadimplência esperado caso o banco decida oferecer algum produto financeiro para determinado grupo de clientes. Essa probabilidade é utilizada por outras áreas do banco para conceder novos produtos aos clientes, manter, aumentar ou diminuir os limites de produtos já contratados. No acompanhamento desses modelos, mostramos em uma visão geral se a carteira do banco está saudável, se o nível de inadimplência esperado está acompanhando o nível observado e se alguma carteira está em deterioração (nível alto de inadimplência) e precisa de cuidados e ações específicas. Assim, nossa área é estratégica para o acompanhamento e crescimento saudável da carteira de produtos do banco.

Quais os principais desafios desse setor?

Como o cenário previsto é instável e de queda no crescimento, os modelos feitos na nossa área têm como principal desafio manter a inadimplência de maneira estável e no melhor dos cenários, diminuir a inadimplência do Banco.

Que tipo de profissional esse mercado espera?

Esse mercado espera profissionais com perfil analítico, foco em conceitos estatísticos e econométricos, capacidade de adaptação e bom relacionamento interpessoal. Além disso, é desejável já ter alguma linguagem de programação e inglês avançado.

Entrevista concedida a Alessandra Postali, Estagiária de Jornalismo
08/06/15