Guia para o Reconhecimento e Manejo - page 11

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Guia para o Reconhecimento e Manejo da Mosca-branca, da Geminivirose e da Crinivirose na Cultura do Tomateiro
ciclo (Figura 10). Com essa medida, se reduz
substancialmente a fonte de infestação de moscas-
brancas para novos plantios de tomateiro na região.
Ao se manter as plantas velhas vegetando até
morrerem na lavoura abandonada, as ninfas poderão
completar o ciclo biológico, novos adultos eclodirão,
possivelmente com capacidade de transmitir vírus,
e estes se deslocarão para novos cultivos de
tomateiro em busca de plantas mais apropriadas
para alimentação e oviposição;
– Fazer o controle da tiguera de tomateiro dentro
da área de cultivo até que a próxima cultura seja
estabelecida;
– Sempre que possível, adotar o vazio sanitário, de
modo que a área de cultivo e todas as outras áreas
que lhe são próximas fiquem, simultaneamente,
livres da cultura e de plantas hospedeiras da
mosca-branca e das viroses do tomateiro por, pelo
menos, 60 dias. Isto contribuirá para a redução
da incidência da geminivirose e crinivirose nos
próximos cultivos de tomateiro.
Figura 10.
Cultivo de tomateiro estaqueado
abandonado após a colheita.
Cultivares resistentes
Existem diversos materiais comerciais de tomateiro
resistentes à geminivirose, principalmente do tipo
longa-vida de crescimento indeterminado. Para
aqueles de crescimento determinado, existem
poucas opções. Os materiais mais plantados e com
moderada resistência à infecção por geminivírus são
os híbridos: Dominador e Forty para o segmento de
tomateiro com crescimento indeterminado caqui;
Aguamiel para o segmento saladete.; e TY2006
para o segmento crescimento determinado. Em
todos os casos, a resistência não é completa e
as plantas são suscetíveis à infecção. As plantas
conhecidas como resistentes são menos infectadas,
o vírus acumula em menor quantidade que em
plantas susceptíveis e o sintoma é mais leve.
Entretanto, em ocasiões onde a pressão de inóculo
é alta, sintomas severos podem ser observados.
O uso de materiais resistentes é mandatório em
regiões de alta incidência, principalmente nos
estados do Ceará, Goiás e Minas Gerais, sendo que
nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Santa
Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, a utilização
de híbridos sem resistência é mais comum.
Não há no mercado materiais de tomateiro com
resistência à crinivirose.
Controle químico das moscas-brancas no
tomateiro
Sempre consultar um engenheiro agrônomo para
a prescrição dos agrotóxicos. Existem inseticidas
eficazes contra a praga e pouco nocivos à saúde
humana e ao meio ambiente, entretanto estes
benefícios são alcançados somente se os produtos
forem utilizados de forma correta. Utilizar apenas
produtos registrados para a cultura do tomateiro e,
sempre que possível, de baixa toxicidade (classes III
– faixa azul e IV – faixa verde).
Para infestações iniciais, quando apenas moscas-
brancas adultas forem encontradas na plantação,
recomenda-se o uso de inseticidas que matem,
eficazmente, a praga nesta fase de vida. Quando
também forem encontrados ovos e ninfas de mosca-
branca nas folhas do tomateiro, deve-se pulverizar
produtos que atuem sobre estas fases, além dos
inseticidas com ação sobre adultos. A constatação
do estádio de desenvolvimento predominante na
população de ninfas determinará qual inseticida
deverá ser utilizado. Os inseticidas reguladores de
crescimento (interferem na síntese e deposição
de quitina e/ou atuam como juvenóides), que
matam principalmente as ninfas, somente deverão
ser utilizados quando a maior parte das ninfas
for jovem, ou seja, até o segundo ínstar. Quando
houver predominância de ninfas mais velhas
(terceiro e quarto ínstares) deverão ser utilizados
Foto: Alice K. Inoue-Nagata
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