Resposta Técnica - page 13

CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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CEP: 13400-970. São Dimas, Piracicaba – SP.
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USP - ESALQ
deixando perfurações nas folhas, nos frutos ocorre uma descoloração dos tecidos que se
tornam aquosos, depois ocorre o secamento desses tecidos, deixando o fruto com uma
formação tipo cortiça que se juntam em diversas áreas do fruto formando verrugas
salientes.
O controle deve ser feito com a aplicação de caldas fúngicas com destaque para o
benomyl e produtos a base de cobre em aplicações semanais, quando sob chuvas, ou
quinzenais em períodos de menor umidade. Caso o produto seja destinado a produção
de sucos não se recomenda a aplicação de defensivos, pois a doença não afeta a polpa
dos frutos.
Doenças em Sistema Radicular
Murcha de Fusarium
Causada por
Fusarium oxysporum
e
Fusarium solani
a doença é de grande expressão
econômica nas regiões com solos arenosos. A doença é transmitida de um pomar para o
outro por meio de mudas contaminadas, e, entre plantas, por meio do contato entre
raízes e pela água de irrigação.
Sintomas: Folhas passam a ter uma coloração verde-fosca ou verde-amarelada, curva-se
o limbo para cima formando canaletas e posteriormente murcham, secam e permanecem
aderidas à planta. Os frutos verdes murcham, enquanto aqueles que iniciaram a
maturação atingem o final do processo quase que normalmente. Cortes na base do caule
evidenciam estrias de cor ferruginosa, indicando o ataque fungo.
O fungo se propaga de uma planta para outra por meio do contato entre raízes sadias e
infectadas no interior do solo e também pela água de irrigação, principalmente a água
sob a superfície. A penetração do patógeno ocorre via aberturas naturais, ferimentos
oriundos do crescimento das raízes, provocados por nematoides ou resultantes de
capinas.
Entre as áreas de produção distintas a contaminação se dá pelo emprego de sementes e
mudas infectadas. A doença é favorecida por solos ácidos, mal drenados e aqueles
infestados com nematoides.
A doença não tem controle curativo, portanto são recomendadas medidas preventivas
como a instalação de pomares em solos pouco arenosos e não sujeitos ao
encharcamento, rigorosa seleção de mudas e de fornecedores de sementes para o
plantio e evitar áreas recém-desmatadas. Não colocar gotejadores em contato com o pé
das plantas (respeitar o mínimo de 60 cm de distância), visitar o pomar semanalmente e,
caso sejam encontradas plantas com sintomas iniciais, isolar o foco eliminando as
plantas doentes e as duas sadias mais próximas, no sentido radial (formando um círculo
ao redor do foco).
A aplicação de 100 ml de uma solução de hidróxido de cobre a 0,3% no vaso com a
muda, antes do plantio em campo, e aplicação dessa solução na dosagem de 125 ml/100
litros de água, 30 dias após o plantio pode reduzir a incidência da doença em áreas-foco
de plantio comercial, mas não se elimina o patógeno completamente.
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