CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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completamente sua polpa, tornando-os impróprios para consumo, sendo que também
ocorre a queda dos frutos.
A catação e enterrio de frutos atacados auxilia na redução populacional das moscas-das-
frutas. Mais interessante, contudo, seria a colocação desses frutos em valas cobertas
com tela fina, para possibilitar a saída dos inimigos naturais que completaram o seu
desenvolvimento. Recomenda-se também, se possível, a instalação do pomar em local
afastado de plantas hospedeiras. Quanto ao controle químico, utiliza-se isca tóxica,
aplicada de 15 em 15 dias, apenas de um lado das plantas e de maneira descontínua. A
isca é composta por 5 kg de melaço ou açúcar mascavo ou 500 ml de proteína
hidrolisada e inseticida em 100 l de água.
Mosca do botão floral
Essas pragas estão associadas a intensa queda de frutos em algumas regiões do país,
as principais espécies são a
Neosilba pendula
,
Protearomyia sp
.
e Dasiops sp.
Os botões florais geralmente estão infestados com uma ou mais larvas, que podem ser
observadas abrindo os botões florais atacados antes da queda. As larvas atacam a base
interna das flores, causando a queda da flor. Esta praga ocorre durante o ano todo,
porém no período de outubro a junho, que coincide com a produção de botões florais o
ataque é mais severo podem levar a uma perda de 100% da florada.
Para o controle da mosca-do-botão-floral, têm-se utilizado iscas tóxicas à base de
fenthion, melaço e água em 20% da lavoura, no início dos picos de florescimento,
normalmente em três aplicações espaçadas de 8 a 10 dias, além do enterrio de botões
florais atacados e da utilização de plantas armadilhas, como a pimenta doce.
Pragas Secundárias
Abelha Irapuá -
Trigona spinipes
- Destrói a base do botão floral.
Abelha doméstica - Apis mellifera – Retira o pólen das flores impedindo ou prejudicando o
processo de polinização.
Ácaros -
Brevipalpus phoenicis
(Ácaro da leprose dos citros),
Polyphagptarsonemus latus
(Ácaro branco),
T. mexicanus
e
T. Desertorun
(Ácaro vermelho) – Causam a queda das
folhas do maracujazeiro.
Pulgões
- Myzus persicae
e
Aphis gossypii –
Causam deformações foliares, mas a
gravidade de seu ataque esta relacionada a transmissão de viroses, especialmente a do
endurecimento dos frutos do maracujazeiro.
Lagarta-de-teia ou Lagarta do capote –
Azamora penicillana –
Apesar de desfolhador, os
maiores prejuízos ocorrem devido a ação de um liquido esverdeado fitotóxico expelido
pela lagarta sobre folhas e ramos novos.
Besouro-das-flores –
Ciclocephala melanocephala –
Durante o dia se refugia no interior
das flores, alimentando-se a noite de folhas novas e flores.