USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículos: Maxpress
Data: 27/02/2015
Caderno/Link:
Assunto: Estudo avalia o consumo alimentar dos estudantes universitários
Estudo avalia o consumo alimentar dos estudantes universitários
A transição da adolescência para a vida universitária implica em grandes mudanças. Novas relações
sociais, estresse, instabilidade psicossocial e menor disponibilidade de tempo são fatores que podem
influenciar mudanças nos hábitos alimentares dos estudantes. Para muitos, a opção mais acessível é o
restaurante universitário.
A nutricionista e mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Escola de Agricultura Luiz de Queiroz
(USP/ESALQ), Francini Xavier Rossetti, empenhou-se em avaliar os hábitos alimentares e o estado
nutricional de estudantes ingressantes nos cursos de graduação da instituição e, ainda, a percepção de
segurança alimentar e nutricional dos alunos.
Para a concretização da pesquisa, foram necessárias duas etapas. A primeira, quantitativa (análise dos
estilos de vida e consumo alimentar), contou com 113 estudantes ingressantes em 2014, e a segunda,
qualitativa (grupos focais para avaliar a percepção de segurança alimentar e nutricional), realizada com 31
estudantes do 1º ao 5º ano de diversos cursos de graduação da universidade.
Avaliei o consumo alimentar a partir do grau e propósito do processamento dos alimentos, definindo a
classificação desses alimentos em três categorias: alimentos minimamente processados (quase sem
adição de aditivos), ingredientes processados, que podem conter aditivos (exceto corantes e
aromatizantes) e produtos alimentícios altamente processados, contendo corantes e aromatizantes,
explica
Francini.
Dados sobre estilo de vida, práticas de atividades físicas, carga horária, relações sociais, medidas de peso
e altura, consumo de cigarros e bebidas alcoólicas também foram essenciais para avaliar a segurança
alimentar e nutricional dos estudantes.
Referente ao estado nutricional, foi identificada prevalência de 10,6% de baixo peso, 13,3% de sobrepeso
e 4,4% de obesidade, conta Francini. A proporção de indivíduos com baixo peso foi maior do que a
frequência esperada de 5%, valor compatível com a proporção de indivíduos constitucionalmente magros
na população.
O índice de tabagismo e consumo de álcool é bastante elevado entre os estudantes e muitos não praticam
nenhuma atividade física. A avaliação do consumo alimentar indicou que os alimentos ultraprocessados
forneceram principalmente gordura saturada, já os alimentos in natura ou minimamente processados
forneceram maior aporte de fibra, vitamina C e ácido pantotênico, disse a nutricionista.
Os resultados da etapa qualitativa apontaram que aspectos ambientais (local de moradia, presença do
restaurante universitário) e individuais (preferências pessoais, disponibilidade de tempo) estão associados
ao
consumo
e
a
percepção
de
segurança
alimentar
e
nutricional.
Segundo Francini, os resultados da pesquisa que teve orientação da professora Marina Vieira da Silva, do
Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, poderão auxiliar no planejamento e