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Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
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As coletas das amostras de mel e de pólen
devem ser feitas semanalmente, durante 120 dias,
correspondente a dois ciclos de vida das operárias,
seguindo o protocolo descrito a seguir:
Coleta de mel e de pólen (CHAUZAT et al.,
2006; PITTELLA, 2009:
1)
O mel e o pólen devem ser coletados direta-
mente das colônias criadas em caixas racio-
nais.
2)
Para a coleta do mel, o condutor do estudo
deverá abrir a tampa da colmeia, identificar
os potes de mel, fazer um pequeno furo na
parte superior do pote e coletar 10 ml, no to-
tal. Para tanto, utilizar seringas descartáveis,
sem agulha, uma para cada colmeia. Após a
retirada do mel dos potes, transferi-los para
os frascos de coleta.
3)
Para a coleta do pólen, o condutor do estudo
deverá abrir a caixa, identificar os potes de
pólen, fazer um pequeno furo e retirar, com
uma colher plástica descartável pequena,
cerca de 15 gramas do material, transferin-
do-o para os frascos.
4)
Os frascos de coleta do mel devem ser de
vidro, limpos e com tampa.
5)
As amostras devem ser resfriadas (20°) e
mantidas ao abrigo da luz.
6)
Após a coleta, as amostras de pólen devem
ser congeladas imediatamente e armaze-
nadas em freezer -20 °C, até o momento da
análise;
7)
Não é necessária a adição de nenhum tipo
de substância até o momento da análise em
laboratório.
8)
Devem ser utilizados utensílios descartáveis
para as diferentes colmeias, para evitar con-
taminação das amostras.
9)
As amostras deverão ser identificadas com
hora, data e local da coleta.
10)
Informações adicionais devem estar anexa-
das a cada uma das seguintes amostras:
i.
Origem da florada predominante (silvestre ou
monofloral);
ii.
Forma de apresentação (líquida, cristalizada,
favos ou filtrada);
iii.
Tipos de cultura do entorno;
iv. Tipos de agrotóxicos utilizados nas culturas;
v. Época de aplicação dos agrotóxicos (data e
horário).
6.3.5 Quinta etapa - coleta de abelhas
Segundo Silveira (1987), as abelhas mais afe-
tadas pelos praguicidas são as campeiras. Em ge-
ral, os casos de envenenamento de colônias ocorrem
quando os praguicidas são aplicados nas culturas
durante o período de floração da planta cultivada e
de outras existentes dentro dos campos (WARHURST;
GOEBEL, 1995 apud SANTOS, 2005).
A coleta das amostras deverá ser feita em três
horários distintos, no mesmo dia. É importante cole-
tar os indivíduos no período de intoxicação aguda,
ou seja, quando elas estão mortas ou ainda estão
morrendo no interior ou próximo às colmeias. Deve-
rão ser coletadas forrageiras em campo, na entrada
da colônia (no retorno da atividade externa) e duran-
te o trabalho interno, ainda vivas. Para fins analíticos,
estas deverão ser separadas em quatro categorias
de abelhas:
A – intoxicadas
B – em campo
C – pós-campo
D – dentro do ninho.
Coleta de Abelhas (MALASPINA et al., 2010):
1)
No total, 15 indivíduos deverão ser coletados
na entrada dos ninhos com a ajuda dos pró-
prios recipientes de armazenamento e colo-
cados próximos à abertura da entrada; em
campo, com uma rede de coleta entomológi-
ca; e mortos, com a ajuda de uma pinça.
2)
Utilizar vasilhames de vidro ou plástico, lim-
pos e com tampa, para armazenar os indiví-
duos.
3)
Logo após a coleta, as amostras devem ser
colocadas no gelo, até serem estocadas a
uma temperatura de -20 °C.
4)
Armazenar sob congelamento até o envio
para o laboratório.
5)
Não é necessária a adição de nenhum tipo
de substância até o momento da análise em
laboratório.
6)
Deverão ser identificadas com hora e local
da coleta.
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