Monitoramento de carrapatos

O objetivo desta atividade é o acompanhamento a longo prazo dos níveis populacionais do carrapato-estrela em diferentes pontos do Câmpus, variando a técnica de coleta com o nível de ocorrência do carrapato, como subsequentemente detalhado.

Técnica do gelo seco:

Esta técnica é empregada em áreas do câmpus em que se espera que o carrapato seja encontrado em maiores densidades, usualmente não visitadas pelos usuários do Câmpus, ou seja, em Áreas de Proteção Permanente e em suas proximidades. O monitoramento é feito mensalmente nos pontos mostrados na Figura 1.

Figura 1. Áreas de monitoramento com o uso da técnica do gelo seco (em azul: 1. Fazenda Areão; 2. CENA; 3. Suinocultura; 4. Gramado Central; 5. Engenharia; 6. Gramado lateral; 7. Entomologia; 8. Noz Pecã; 9. Lagoa do Aeroporto; 10. Engenharia Florestal; 11. CT; 12. Bananal; 13. Lagoa de Captação; 14. Várzea).

Os carrapatos são coletados em um pedaço de tecido branco de voil (40x40cm) estendido no solo, sobreposto por cerca de 250 g de gelo seco. São colocados três pedaços de tecido em cada ponto de coleta. Os carrapatos são atraídos pelo CO2 liberado durante a sublimação do gelo seco, num período de aproximadamente 1 hora, dirigindo-se ao tecido. A Figura 2 mostra a variação da densidade de carrapatos a partir de setembro de 2016.

Figura 2. Números médios de carrapatos em diferentes pontos do Câmpus Luiz de Queiroz (3 amostras por ponto em cada data de coleta), determinados pelo uso da técnica de gelo seco. A: Ninfas em áreas nas adjacências da mata ciliar; B: Adultos em áreas nas adjacências da mata ciliar; C: Ninfas em áreas da mata ciliar; D: Adultos em áreas da mata ciliar.

Técnica do pano de arrasto:

Em áreas do câmpus em que a presença do carrapato não pode ser tolerada, ou seja, em áreas de grande circulação humana, esta é a única técnica empregada. Neste caso, o monitoramento com o uso desta técnica é feito nos pontos indicados na Figura 3.

Figura 3. Pontos de monitoramento com o uso da técnica do pano de arrasto (em azul: 1. Cena/suinocultura; 2. Zoologia de vertebrados; 3. Biblioteca Central; 4. Restaurante Universitário; 5. Restaurante dos Docentes; 6. Engenharia Florestal; 7.Gramado da Horticultura; 8. Esalq Log).
 

A partir de abril de 2017 a técnica passou a ser também empregada em áreas onde a presença do carrapato é esperada (Figura 1).
Os carrapatos são coletados arrastando-se brevemente na vegetação rasteira um tecido branco (1,5 x 0,5 m) fixado a uma haste, repetindo-se este procedimento 20 vezes em cada ponto de coleta (Figura 4). Nas áreas em que a presença do carrapato não é esperada, este monitoramento é realizado quinzenalmente. Em outras áreas, é realizado mensalmente.

Figura 4. Uso do pano de arrasto no monitoramento do carrapato.


A Tabela 1 mostra a variação da densidade do carrapato em áreas em que a presença deste não é tolerada, feita com o uso da técnica do pano de arrasto.

Tabela 1. Totais de carrapato em 20 bandeiradas (N: ninfa; A: adulto) em áreas do Câmpus Luiz de Queiroz em que a presença do carrapato não é tolerada, determinada pelo uso da técnica do pano de arrasto.

A Tabela 2 mostra a variação da densidade do carrapato nos mesmos pontos mostrados na Figura 1, mas com o uso da técnica do pano de arrasto.

Tabela 2. Números de carrapatos em diferentes pontos do Câmpus Luiz de Queiroz (números em preto, fora das APP's; números em vermelho, dentro das APP's ); 10 bandeiradas por ponto em cada data de coleta, determinados pelo uso da técnica do pano de arrasto. (*) Totais de indivíduos não avaliados.