Manual Brasileiro de Boas Práticas Agropecuárias na Produção - page 45

Biosseguridade e ferramentas de controle sanitário
Capítulo 5
43
5.3. Estabilidade imunológica
O sistema de produção deve ser entendido
de forma dinâmica, de maneira que a formação
de cada grupo de cobertura, parição, desmame
e terminação estabeleça um comportamento
que mostre um equilíbrio entre os microorganis-
mos e os animais, determinando, desse modo, a
estabilidade imunológica.
Quando há aumento na pressão de infec-
ção ou queda na imunidade, alguns animais
adoecem e passam a funcionar como “super-
-difusores”. Estes excretam os agentes no meio,
aumentando o limiar de infecção e deixando um
número maior de animais expostos às doenças.
5.3.1. Fatores que favorecem o desequilíbrio entre a pressão de infecção e o balanço
imunitário:
• Fatores que interferem no equilíbrio imunitário do plantel:
• Variações na imunidade entre matrizes e leitões ao desmame;
• Ampla margem de variação na idade de desmame - variação de idade no grupo
superior a 7 dias;
• Alto número de animais por sala ou sítio;
• O fluxo contínuo de produção com incapacidade de manter “todos dentro –
todos fora”;
• Planejamento inadequado de reposição.
Esses fatores interagem e atuam contribuindo para o aparecimento de doenças, bem como
interferem na eficiência dos programas de medicação e vacinação.
O nível de imunidade para várias doenças varia durante todo o tempo. Há grupos de suínos
que são importantes para a manutenção do equilíbrio imunitário. As marrãs de reposição são
causas consideráveis da instabilidade do status de saúde dos rebanhos, seja pela introdução de
novos agentes patogênicos nas granjas seja por sua natural menor imunidade, o que constitui
fator de grande relevância na disseminação de doenças.
Na prática, o setor de reposição é um dos mais esquecidos quando se trata de planejamen-
to de granjas. Muitas granjas iniciam a sua produção sem um setor de reposição estabelecido e
assim prosseguem. A ampla maioria das granjas no Brasil não possui quarentena e os animais
adquiridos de outras granjas entram diretamente para o plantel.
5.4. Quarentena
Na suinocultura, a prevenção deve ser a principal ferramenta de atuação sanitária. Impedir
a entrada de determinados agentes patogênicos e manter uma boa estabilidade sanitária e imu-
nológica no rebanho pode ser a diferença entre o lucro e o prejuízo.
Figura 9: Programas de lavagem e desinfecção.
1...,35,36,37,38,39,40,41,42,43,44 46,47,48,49,50,51,52,53,54,55,...143
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