Manual Brasileiro de Boas Práticas Agropecuárias na Produção - page 40

Manual de boas práticas na produção de suínos
Capítulo 4
38
4.2. Aquisição de animais e certificação GRSC
Os suínos de reposição (machos e fêmeas) obrigatoriamente devem ser adquiridos de
granjas multiplicadoras de genética que possuam o Certificado de Granja de Reprodutores
Suídeos Certificada (GRSC), fornecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA). Essa é uma garantia na qual os suínos passam por exames periódicos, com o alto pa-
drão sanitário e controle de produção.
Todos os animais selecionados para venda como reprodutores suínos (machos e fême-
as) devem estar acompanhados do registro genealógico. Esse documento é controlado pelo
Ministério da Agricultura e emitido pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
O registro genealógico é a garantia para o produtor de suínos de que os animais adquiridos
são fruto do melhoramanto genético, garantindo que os aprimoramentos nas características
desejáveis na produção de suínos (prolificidade, ganho de peso, conversão alimentar e quali-
dade de carne) cheguem até as granjas de produção de suínos para o abate, potencializando
continuamente os resultados.
4.3. Reposição de animais
Os suínos de reposição são os responsáveis por renovar o plantel e incorporar as carac-
terísticas de melhoramento genético nas granjas comerciais. Eles podem ser adquiridos de
granjas multiplicadoras externas ao sistema de produção ou produzidos no próprio sistema,
caso seja feita a opção de incorporar avós ao plantel da granja. Assim, a reposição pode ser
interna ou externa.
4.3.1. Reposição interna
A reposição interna é feita utilizando-se a incorporação de 5 a 10% de avós ao plantel
da granja, as quais produzirão as marrãs de reposição que serão selecionadas e incorpora-
das ao plantel da mesma granja. Esse manejo implica a necessidade de espaço físico para
essas fêmeas na granja, já que é um grande erro tratar as marrãs de reposição nas mes-
mas condições que os suínos de abate. Além disso, a seleção desses animais deve ser feita
por funcionários treinados para a função. A taxa de seleção tende a ser menos intensiva
nos plantéis próprios do que nas granjas multiplicadoras e pode resultar na necessidade
de descarte precoce de fêmeas (antes do 3º parto), elevando, assim, o custo do sistema
de produção.
Outro ponto fundamental é que se deve manter uma reposição constante no plantel de
avós, o que muitas vezes é negligenciado em função do custo desses animais. Se não for feita
a reposição das avós, desacelera-se a incorporação do melhoramento genético ao plantel.
Como vantagem, temos principalmente a facilidade da adaptação sanitária, já que as
marrãs tiveram seu crescimento dentro da mesma granja onde se tornarão reprodutoras e
dispõem de contato com todos os agentes causadores de doenças que circulam pelo sistema.
4.3.2. Reposição externa
Nesse caso, as fêmeas são adquiridas de granjas multiplicadoras e chegam ao sistema
de produção com 150-160 dias de idade. Na reposição externa, todos os cuidados descritos no
capítulo que trata de quarentena e adaptação sanitária são ainda mais importantes.
1...,30,31,32,33,34,35,36,37,38,39 41,42,43,44,45,46,47,48,49,50,...143
Powered by FlippingBook