Manual Brasileiro de Boas Práticas Agropecuárias na Produção - page 48

Manual de boas práticas na produção de suínos
Capítulo 5
46
As principais atividades desenvolvidas são as vacinações, a serem recomendadas por um
médico veterinário, bem como o contato com suínos mais velhos, os quais são portadores dos mi-
croorganismos presentes na granja. O segundo procedimento é a fase mais crítica da adaptação
das marrãs, recomendando-se o uso de rufiões, como sentinelas, já se iniciando, nesse momen-
to, o trabalho de preparação de marrãs e registro de cios.
Quanto maior for o desafio sanitário da granja, menor deve ser a idade dos animais de reposi-
ção, restando tempo hábil para se desenvolver a imunidade. Como recomendação, sugere-se adquirir
animais commenos de cinco meses, iniciando-se um plano de vacinação que contemple a imunidade
aos principais agentes da granja. Não é recomendado adquirir animais adultos e fêmeas gestantes, a
menos que sejam provenientes de um programa controlado de reposição via quarto sítio.
O tempo mínimo para aclimatação deve ser de 45 dias. É possível, porém, recomendar pe-
ríodos de 60 a 100 dias. Há também ferramentas de medicação, via ração ou água, que podem
ser úteis no processo de adaptação, a ser realizado, no entanto, somente a partir de indicação de
um médico veterinário.
5.4.2. Monitoria sanitária na quarentena
Existe uma relação direta entre a sanidade da granja receptora e a biosseguridade na
doadora. Assim, é fundamental conhecer o status sanitário da granja fonte, tendo-se em mente
que a saúde de rebanhos é um estado dinâmico relacionado à pressão de infecção e estabili-
dade imunológica.
Como citado anteriormente, é obrigatória
a aquisição de animais de reposição (machos
e fêmeas) de granjas com certificado GRSC,
devidamente monitoradas pelos órgão com-
petentes e com a legislação vigente cumprida,
certificando-se, assim, que não houve mudan-
ça nesse status sanitário desde a última aqui-
sição de animais.
O ideal para o equilíbrio imunológico é
que os animais sejam sempre comprados na
mesma granja, ou seja, em condições normais.
O comportamento dos animais, após a intro-
dução na granja, passa a ser conhecido e as
medidas preventivas tornam-se mais efetivas.
A partir da realidade dos nossos rebanhos, verificamos que alguns agentes merecem
maior atenção e, portanto, devem ser monitorados. É necessário que a granja de origem possua
certificado GRSC dentro do período de validade, atestando serem os animais livres de sarna
suína, peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose e leptospirose suínas.
O status sanitário da granja fornecedora deve ser igual ou superior ao da granja comprado-
ra. Assim, o comprador disporá de todas as informações que o permita comparar o nível de saúde
entre a duas granjas, as quais devem ser fornecidas pelos responsáveis técnicos das granjas.
Pode ser realizado um acordo entre a granja de origem e a receptora de envio do
Atestado Sanitário emitido pelo Médico Veterinário responsável, comprovando a negati-
vidade para os principais agentes etiológicos de importância para cada cliente, como o
Mycoplasma hyopneumoniae
e o
Actinobacillus pleuropneumoniae
, além dos agentes da
rinite atrófica.
Figura 13: Coleta de material para sorologia.
1...,38,39,40,41,42,43,44,45,46,47 49,50,51,52,53,54,55,56,57,58,...143
Powered by FlippingBook