Material genético
Capítulo 4
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Capítulo 4
Material genético
A competitividade da produção suína é decorrente de melhorias contínuas:
• Na produtividade – conseguidas por meio do ganho genético via seleção das linhas
puras e do vigor híbrido proporcionado pelo cruzamento para formação das matrizes;
• No ambiente – ambiência e bem estar, manejo e reprodução, nutrição, saúde e bios-
segurança;
• Na gestão do empreendimento.
Os ganhos genéticos devidos à seleção são da ordem de 1 a 3 % por ano, cumulativos
geração após geração, e os derivados do vigor híbrido são da ordem de 10% nas características
reprodutivas, não sendo, porém, cumulativos, isto é, não passando para os filhos como aqueles
decorrentes da seleção.
As linhas puras são selecionadas para poucas e diferentes características para se con-
seguir o máximo de ganho na característica e, quando cruzadas para formação das matrizes,
formam um híbrido contendo o melhor de cada linha pura selecionada, o qual possui produtivi-
dade máxima e equilibrada entre as linhas que o produziram.
Para facilitar a logística do sistema de melhoramento são desenvolvidas linhas especiali-
zadas para produção de fêmeas (linhas fêmeas) e de cachaços (linhas-macho).
Nas linhas fêmeas, prioriza-se o desempenho reprodutivo e produtivo com ênfase 50%
em reprodução e 50% em ganho de peso e produção de carne. Nas linhas-macho, a ênfase é
quase total em ganho de peso, produção de carne e conversão alimentar.
Essa ênfase é garantida pelo uso dos índices de seleção. Utilizam-se três diferentes índi-
ces de seleção no melhoramento de suínos, os quais se encontram relatados nos sumários de
reprodutores publicados pelos programas de melhoramento.
1. Índice de produtividade da porca (SPI) para selecionar cachaços pai de matriz F1;
2. Índice de cachaço terminal (TSI) para selecionar cachaços que vão cruzar com as ma-
trizes F1 e produzir leitões de abate; e
3. Índice materno (MLI) para selecionar cachaços que serão utilizados no melhoramento
da linha pura.
O SPI é um índice bioeconômico que ordena os cachaços pelo valor genético estimado
pelo melhor estimador linear não tendencioso-blup (EBV ou DEP) das características número de
leitões nascidos vivos, número de desmamados e peso da leitegada desmamada, ponderado
pelo valor econômico de cada uma delas.
O TSI é um índice bioeconômico que ordena os cachaços pelo valor genético estimado
pelo melhor estimador linear não tendencioso-blup (EBV ou DEP) das características: dias para