Manual de boas práticas na produção de suínos
Capítulo 2
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Na maternidade, o sistema de resfriamento axial (ar refrigerado sobre a cabeça da porca-
figura 4) tem-se mostrado eficaz na melhoria da sensação térmica em uma fase onde o conforto
térmico está diretamente relacionado ao consumo de ração e, consequentemente, à produção
de leite.
2.3.3. Isolamento térmico
O isolamento térmico das instalações
depende do tipo de cobertura utilizada. Dentro
das instalações, em torno de 20% de toda a
carga térmica de radiação incidente provém do
telhado. Esse efeito pode ser alterado modifi-
cando-se a distância entre o piso e a cobertura.
A altura do pé-direito é de fundamental
importância, já que mantém os animais afas-
tados do calor proveniente do telhado e do bol-
são de ar quente que se forma dentro da insta-
lação. Recomenda-se trabalhar com pé-direito
de três metros, sendo que, em instalações com
mais de 13 metros de largura, é necessário que
a altura seja ainda maior.
Além da altura do telhado, o material uti-
lizado é de grande importância. Existem várias
alternativas para diminuir a emissão de calor
do telhado para os animais:
a) pintura da parte externa da cobertura
na cor branca auxilia na reflexão da
luminosidade e diminui a retenção de
calor pelo telhado;
b) uso de forro (figura 5) atua como se-
gunda barreira física, possibilitando a
formação de camada de ar junto à co-
bertura e contribuindo, assim, na re-
dução da transferência de calor para
o interior da construção.
c) Lanternim (figura 6) – a abertura na
parte superior do telhado se faz alta-
mente recomendável para se conse-
guir a adequada ventilação, pois per-
mite a renovação contínua do ar pelo
processo de termossifão resultando
em ambiente confortável. Deve ser
construído em duas águas, disposto
Figura 5: Forro.
Figura 6: Lanternim.
Figura 7: Telhas de fibrocimento.