Produção de Shiitake em toras de eucalipto - page 26

Produção de Shiitake
em
toras de
eucalipto
25
ma
de
refrigeração
com
serpentina. O
choque
térmico deve durar
aproxima-
damente de 12
a 16 horas,
dependen-
do da
absorção de
água pelas
toras.
É
aconselhável
realizar
esse
proce-
dimento
ao
entardecer,
quando
as
temperaturas
são mais
amenas.
Para
evitar
a
flutuação das
toras dentro
do
tanque,
recomenda-se
a
colocação de
ripas de madeiras nas
laterais do
tanque,
prendendo-se
com
cordas,
pesos
ou
cor-
rentes. O
objetivo da
imersão é
dificultar
a
respiração do
fungo,
aumentar
a umidade
e
efetuar o
resfriamento das
toras,
indu-
zindo
a
formação dos
cogumelos.
Após
o período de
imersão,
é
realizado
o
estímulo mecânico,
que
consiste
em
le-
vantar
as
toras verticalmente
a uma
altura
de
aproximadamente
45
a 60
cm
do
solo
e
soltar,
deixando a madeira bater
livremen-
te no
chão,
porém
guiada pelas mãos,
sem
deixar
tombar. Este procedimento deve
ser
feito uma única
vez
sobre um piso
firme ou
em uma pedra. A medida que
as
toras
en-
velhecem,
deve haver mais
cuidado
com
o material
ao
se
realizar
este processo,
principalmente
a partir
do 5
o
choque
térmi-
co,
para que não ocorra
seu descarte
an-
tes do
tempo.
Após
esses
estímulos
térmico
e me-
cânico
as
toras
são
armazenadas
em
ambiente
protegido,
com
temperatura
em
torno de 25
o
C
(ideal
em
torno de
21
o
C),
com boa
ventilação,
pois o
fungo
libera
gás
carbônico que,
em grandes
con-
centrações no
ambiente,
inibe
a
formação
do
cogumelo.
Para que o
cogumelo não
fique
com
aspecto pálido,
o ambiente pre-
cisa
ser medianamente
iluminado,
pois
a
luz
influencia diretamente
na
coloração e
firmeza
do píleo
(chapéu do
cogumelo).
As
toras
são
colocadas
na posição
vertical,
com 15
cm de
espaçamento
entre
elas
(Figura 22). O
local
- onde
serão
colocadas
as
toras na
fase de
frutificação
- deve
ser
fechado para
im-
pedir
a
entrada de
animais que
se
ali-
mentem dos
cogumelos,
além
disso,
o
chão
deve
ser
protegido
com
pedra
britada ou
coberto preferencialmente por
algum
tipo de piso ou
concreto,
para
evitar
a
contaminação
e o
contato direto
das
toras
com
o
solo. Nas primeiras 24
horas,
os mourões deverão
ser borrifa-
dos
com
água,
para
se manter
a umida-
de
relativa do
ar próxima
à 90%.
Após
esse período,
a umidade pode
ser
controlada molhando-se
o
chão
e
as pare-
des, mantendo
assim
a umidade
relativa
do
ar
em
torno de
70%. Os primórdios
aparecerão entre dois
e
três dias,
após
o
processo de
indução
(Figura 23).
A partir
do quarto dia
a
água deve
ser
reduzida gradualmente
até
seu
encerra-
mento por
completo no
sétimo dia
(pró-
ximo da
colheita). Deve-se
evitar molhar
o
cogumelo
em
qualquer
etapa
após
o
aparecimento de
seus primórdios. O
molhamento do
cogumelo pode
acarre-
tar
em perda de qualidade do produto
final,
além de
causar manchas no píleo,
diminuindo
seu
valor
comercial.
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