Manual Brasileiro de Boas Práticas Agropecuárias na Produção - page 116

Manual de boas práticas na produção de suínos
Capítulo 11
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11.5.1.Produção de ração
Para que se tenha uma nutrição ajustada, garantindo a ingestão dos nutrientes dentro da
exigência de cada fase, deve se trabalhar a partir de um conhecimento das matérias primas,
através de análises a cada partida, garantindo a qualidade desde a chegada à granja e uma es-
tocagem eficiente, prevenindo a formação de micotoxinas com consequente perda no valor nutri-
cional. Portanto, devem-se adotar critérios rígidos no recebimento das matérias primas, além de
um processo de limpeza e controle de pontos críticos na fábrica e granja, como limpeza efetiva de
equipamentos, silos e cochos, possibilitando, assim, a ingestão de uma ração balanceada e que
não ofereça riscos à saúde dos animais.
A partir do conhecimento das matérias primas, pode-se desenvolver fornecedores que dis-
ponibilizarão, mediante os contratos, um padrão previamente acordado, assegurando, desse
modo, uma estabilidade nos resultados ao longo do ano.
11.5.1.1. Processos envolvidos na produção de ração com qualidade:
1. Recepção;
2. Moagem;
3. Dosagem e mistura;
4. Contaminações cruzadas (pontos críticos e principais contaminantes);
5. Identificação e armazenagem do produto acabado;
6. Limpeza e manutenção do sistema (procedimentos e frequência);
7. Biosegurança (controle de insetos, pássaros e roedores).
11.5.1.2. Recepção e armazenagem das matérias primas
Para que se tenha uma ingestão dentro do desejável, fatores como palatabilidade,
digestibilidade, níveis nutricionais, estando ajustados à cada fase e a uniformidade da mistura
devem ser respeitados. Desta forma, o processo de produção de ração com qualidade passa
por uma correta amostragem, de forma que representem o conteúdo total que se vai receber.
O uso de matérias primas com qualidade deve ser uma busca constante nas
unidades de produção de suínos de alto desempenho. Nesse contexto, a compra de preço,
sem o devido cuidado no momento do recebimento, pode acarretar em grandes perdas
econômicas devido aos ajustes de formulação e/ou perda no desempenho.
11.5.1.3. Amostragem
Uma correta amostragem dos produtos ensacados passa por uma inspeção geral, iden-
tificação de possíveis alterações, como a presença de contaminates e alteração de odor e cor.
Assim, com o uso de caladores (figura 4 e 5), fazem-se coleta e identificação das amostras. Para
esses produtos, a quantidade de amostras varia em função da quantidade de embalagens.
11.5.1.4. Como amostrar produtos
1. Lotes com 1 a 4 embalagens, coletar em 5 ou mais pontos;
2. Lotes com 5 a 10 embalagens, coletar amostras de todas unidades;
3. Lotes com 11 a 100 embalagens, amostrar 20% ou mais unidades;
4. Lotes com mais de 100 embalagens, amostrar pelo menos 10% das unidades;
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