Manual Brasileiro de Boas Práticas Agropecuárias na Produção - page 122

Manual de boas práticas na produção de suínos
Capítulo 11
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A condução da análise de risco consiste em descrever o processamento dos ingre-
dientes que compõem as dietas, estabelecendo um fluxograma para esses produtos. Tal
processo consiste no acompanhamento da matéria prima por todo o trajeto, desde a re-
cepção até que seja ingerido pelos animais. A partir dessa metodologia estabelecem-se os
pontos críticos e gargalos para a fabricação de dietas com qualidade.
Em uma próxima etapa, determinam-se ferramentas de controle que indiquem o nível
de controle de risco no processo de produção, para que não interfiram na produtividade.
Estas permitem mensurar, desde a lavoura aos limites críticos para a produção de dietas
seguras.
O programa de qualidade na fabricação deve basear-se em sete pontos:
1. Análise dos perigos;
2. Identificação dos pontos críticos;
3. Estabelecimento de medidas preventivas com limites para os pontos críticos;
4. Estabelecimento procedimentos para monitorar os pontos críticos;
5. Estabelecimento de ações corretivas quando os pontos críticos forem observados;
6. Estabelecimento de procedimentos para detectar se o sistema está funcionando
corretamente;
7. Manter relatórios de controle.
Principais pontos críticos de uma fábrica
1. Recepção, presença de impurezas, umidade, roedores, insetos e pássaros, micro-
-organismos, termometria e aeração, diminuição de pó, goteiras e inflitrações;
2. Ensilagem, erro de rota, vazamento em caixas e caixotes, equipamentos autolim-
pantes;
3. A parte mais crítica do silo é sempre a superior, e este deve ser varrido pelo menos
duas vezes por semana até a altura do produto e uma vez/mês se for esvaziado, sen-
do limpo e desinfetado;
4. Moagem, capacidade, limpeza, granulometria;
5. Mistura, avaliar a qualidade;
6. Expedição, cuidado com a mistura e troca de produtos, rações mal identificadas;
7. Transporte, caminhões limpos e verificar a presença de furos.
Com os critérios estabelecidos, deve-se seguir uma rotina de monitoramento dos pro-
cessos de produção, utilizando-se parâmetros zootécnicos, sanitários e/ou patológicos. A
partir de uma análise geral do processo de fabricação de ração, é importante estabelecer
ações corretivas que permitam a obtenção de resultados estáveis diante de alvos previa-
mente conhecidos. Como etapa final a reavaliação periódica dos procedimentos de monito-
ria e corretivos, tendo como base parâmetros científicos.
Faz-se necessário, ainda, um programa eficiente de limpeza da fábrica de ração, des-
tinando-se um tempo semanal para a limpeza e a manutenção. Os principais objetivos são
melhorar o ambiente de trabalho, minimizar a perda de ingredientes e rações, bem como
reduzir as atividades microbianas e infestação por insetos. Portanto, é fundamental definir
áreas e sistemas de limpeza e promover treinamentos. Enfim, é preciso gerenciar a fábrica
como setor efetivo da granja e entender que sua gestão eficiente impacta sobre toda granja.
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