Beterraba: do plantio à comercialização
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Boletim técnico, 210, IAC, 2011
A metamitrona deve ser aplicada na forma de pulverização utilizando-
se equipamento costal ou tratorizado providos de pontas leque 80.04 com
gasto de calda de 300 a 400 L/ha. Nas aplicações em pós-emergência deve
ser adicionado à metamitrona um adjuvante. Nessa condição, se a cultura da
beterraba já estiver em desenvolvimento, poderá haver leve fitotoxicidade sem
prejuízo posterior na produção. As principais plantas daninhas controladas
pela metamitrona são:
Amaranthus deflexus
(caruru rasteiro),
Amaranthus
viridis
(caruru de mancha),
Galinsoga parviflora
(picão branco),
Parthenium
hysterophorus
(losna-branca) e
Portulaca oleracea
(beldroega).
Para aqueles que optarememnão adotar uma das estratégias anteriores
restará apenas o controle manual das plantas daninhas, à medida que essas
ocorrerem na cultura. O uso de cobertura morta no solo não é recomendado
no sistema de semeadura direta, uma vez que há redução na emergência das
plântulas de beterraba.
8.5 Doenças
Na cultura da beterraba existem diversas doenças que podem causar
prejuízo ao produtor dependendo da intensidade que estas ocorrem. As
principais doenças são a mancha das folhas e os nematóides porque podem
causar os maiores prejuízos. Evidentemente que em alguns locais de produção,
os fungos causadores de tombamento também são sinônimos de baixo
rendimento por área.
A seguir, são relacionadas essas e outras doenças capazes de tirar o
sono de produtores de beterraba nos quatro cantos do Brasil.
Tombamento ou “Damping-off”
(
Rhizoctonia solani, Pythium
spp.,
Fusarium
spp.,
Phytophthora
spp)
O tombamento ocorre na fase inicial da cultura. O sintoma característico
é o tombamento das plântulas decorrentes do ataque dos fungos na base da
plântula (coleto), rente ao solo. Em condições de campo, a doença manifesta-
se em sua fase inicial em reboleiras. O tombamento ocorre em maior ou
menor intensidade em função de diversos fatores, tais como: histórico de
cultivo da área, solos com problemas de drenagem e solos compactados. As
perdas são decorrentes do número de plantas atacadas, pois há redução no
número final de plantas e, consequentemente, na produtividade final por área.
A doença é favorecida por condições de alta umidade do solo, altas
densidades de plantio, cultivos sucessivos e temperaturas entre 15 e 25
o
C. A
disseminação destes patógenos ocorre por implementos agrícolas, água de
irrigação (principalmente os zoósporos de
Pythium
e
Phytophthora
), sementes
e mudas contaminadas. Em geral, estes fungos sobrevivem no solo por vários