Método Moscatel
Proveniente da uva tipo moscato
ou moscatel, o método utiliza exclu-
sivamente essa variedade da fruta.
Assim como o
Champagne
, é
nominado de acordo com a região
onde é elaborado, a cidade de Asti
na Itália (e Moscatel quando produ-
zidos fora desse local). Ao contrário
dos outros métodos citados, o
Moscatel é submetido a apenas uma
fermentação parcial. Para sua ela-
boração, parte-se do mosto da uva
e não do vinho base.
Após a extração, o mosto é filtra-
do e conservado em tanque dentro
de câmara fria para que a fermenta-
ção não se inicie. Normalmente uti-
lizam-se enzimas pectolíticas para
do, de acordo com o teor de açúcar
apresentado. O licor de expedição é
preparado com base em uma solu-
ção de sacarose a 75% (m/v) e deve
ser adicionado após a segunda fer-
mentação.
Ao término da filtração o espuman-
te é encaminhado para o engarrafa-
mento, realizado em tanques isobá-
ricos (compartimento selado que
permite manter a pressão interna
constante e controlada) e tempera-
tura aproximada de 0
o
C, para con-
servar o teor de CO
2
e a espuma que
foi adquirida nos processos anterio-
res.
ampliar a formação de aromas. Esse
procedimento é adotado na Itália e em
outras regiões vitivinícolas, como, na
Serra Gaúcha (estado do Rio Grande
do Sul, Brasil). No caso do Vale do
São Francisco (estado de Pernam-
buco e Bahia, Brasil). Portanto, pode-
se elaborar espumante moscatel utili-
zando o mosto obtido diretamente
após a colheita da uva.
A fermentação alcoólica é execu-
tada a temperatura de 10
o
C até atin-
gir a graduação alcoólica de aproxi-
madamente 6,5%, permitindo a saí-
da do CO
2
formado durante o pro-
cesso. A seguir, inicia-se a tomada
de espuma, impedindo a saída de
CO
2
do tanque de fermentação. As-
sim, a pressão pode atingir cerca de
6 atm, e o mosto possui em torno de
7,5% (v/v) de etanol. O líquido deve
ser esfriado bruscamente até -3
o
C, o
que provoca a paralisação imediata
da fermentação alcoólica. Deve-se
manter essa temperatura por apro-
ximadamente 15 dias para que haja
a precipitação das leveduras e par-
tículas contidas no mosto. Após esse
período, o espumante moscatel é fil-
trado em condições isobáricas (sem
perda de pressão) e imediatamente
engarrafado. Como a fermentação
alcoólica não é completa, ele torna-
se doce e com baixo teor alcoólico.
Por isso, esse tipo de vinho espu-
mante deve ser consumido novo, de
Produção de vinho de qualidade
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